O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), deflagrou nesta segunda-feira (14) a Operação Shark contra lideranças do Primeiro Comando da Capital (PCC), facção que atua dentro e fora dos presídios. A ação tem apoio da Polícia Militar do 1º Batalhão de Polícia Militar de Choque (Rota).
A operação mira lideranças que estão presas e soltas - algumas delas se mudaram para o exterior e comandam atividades logísticas da facção a partir de outros Países. Os agentes cumprem 12 mandados de prisão e realizam 40 buscas em endereços da capital, da região metropolitana, da Baixada Santista e de cidades do interior.
Segundo o MP-SP, as lideranças que são alvo da operação tem em comum "elevado poder decisório" na facção, proximidade com a cúpula presa e ainda a "ostentação de vidas de luxo, com múltiplos imóveis, carros de luxo, isso quando não residem fora do país e com seus gastos pagos pela própria facção".
Investigações
As investigações tiveram início no primeiro semestre de 2019, a partir do cruzamento de dados, mirando em integrantes dos principais escalões do PCC. Elas revelaram que a cúpula da facção movimenta mais de R$ 100 milhões por ano com o tráfico de drogas e arrecadação de valores de seus integrantes, com rigoroso controle em planilhas.
Para ocultar os valores, os criminosos compravam veículos e usavam imóveis, onde escondiam o dinheiro antes de realizar transferências.
"As investigações revelaram a cadeia logística do tráfico de drogas da facção, bem como a sucessão entre suas principais lideranças a frente da fonte de maior renda da organização criminosa, indicando, ao final, a participação de 21 pessoas, algumas presas durante as investigações", segundo o Ministério Público.
*Com informações da AE e Agência Brasil